Quando falamos de avós nos vem à lembrança memórias incríveis, como: atenção, carinho, sabedoria, paciência, além de agrados que só eles sabem fazer! Há também a experiência de vida que é compartilhada de várias maneiras com a família.
Certa vez, Dom Walmor – Arcebispo de Belo Horizonte – MG – disse:
“O primeiro lugar da catequese é a família. Os pais e os avós são os primeiros responsáveis pela educação na fé e para a fé das crianças, dos adolescentes e dos jovens…”
Além de todo bem que os avós fazem, como bem disse o arcebispo, existe a catequese que eles deram aos seus filhos um dia e hoje comunicam aos netos. A responsabilidade de falar de Deus e mostrar o caminho certo para as crianças é fundamental.
Assim, preparamos um texto sobre esse tema, aproveitando a comemoração do Dia dos Avós, celebrado na memória litúrgica de São Joaquim e Santana, os avós de Jesus.
A história dos avós de Jesus
Relembramos, antes, a história dos avós de Jesus, pais de Nossa Senhora! Veja que bonita!
Segundo o site do Vaticano, não há registro no Evangelho sobre a vida dos pais da Virgem Maria, por isso a Igreja recorre aos evangelhos apócrifos para falar sobre eles.
Ana seria filha de Achar e irmã de Esmeria, mãe de Isabel e avó de João Batista; e Joaquim era um homem virtuoso e muito rico, da casa de Davi. Ambos moravam em Jerusalém. Quando se casaram, Joaquim e Ana não tiveram filhos por mais de vinte anos.
Não procriar para os judeus daquela época era sinal de maldição. Certa vez, ao levar suas ofertas ao Templo, Joaquim foi repreendido por um homem pelo fato de não ter filhos. Humilhado e confuso com aquelas palavras, Joaquim decidiu retirar-se para o deserto.
Lá rezou durante quarenta dias e quarenta noites, suplicou a Deus, entre lágrimas e jejuns, que lhe desse descendentes. Ana também passou dias em oração, pedindo a Deus a graça da maternidade. Assim, meses depois, Ana deu à luz a Maria, a Mãe de Jesus.
A relação entre as crianças e os avós
Podemos imaginar o quanto a família era importante para Jesus pelo simples fato de Ele ter escolhido uma família humana para nascer. Logo, supomos que ele tenha conhecido seus avós e aprendido com eles sobre a Lei de Deus e as práticas judaicas da época.
Assim como foi importante para Jesus criança a contribuição dos seus avós, como também dos idosos, para seu crescimento humano e espiritual, com a mesma grandeza é para as crianças hoje o convívio com os avós e pessoas idosas.
Os idosos e principalmente os avós têm afetos diferentes para as crianças! Eles dão atenção, compreendem melhor as limitações, as enfermidades, até têm mais tempo para ouvir, passear e acompanhar as crianças em diversas atividades.
Para os pequeninos, os avós inspiram respeito, maturidade, segurança, paciência e muitos outros sentimentos que estimulam a autoestima, a confiança, diversão e a possibilidade de dar uma fugidinha de casa de vez em quando.
Ao mesmo tempo, a presença das crianças estimula a saúde dos avós, alegram seus dias e os mantém ativos nas pequenas coisas.
Contribuição dos avós na catequese
Mas os avós não são apenas para acolher, brincar, escutar e contar histórias para as crianças. Na verdade, eles possuem um lugar importante quando assunto é catequese, porque eles são discípulos que aprenderam o valor da presença de Deus ao longo da vida.
E de que forma essa catequese acontece? Será que é levando para a Igreja? Lendo a Bíblia para as crianças em algum momento? Com certeza, tudo isso faz parte, mas os avós têm a maestria de ensinar sobre Deus a partir dos acontecimentos da vida cotidiana.
Como é isso? Falando sobre os valores do Evangelho na prática, principalmente porque as crianças não aprendem por sermões. Então, entra a solidariedade, o respeito à natureza, valores éticos, como falar a verdade e não discriminar ninguém.
Tudo isso tem no Evangelho, e de forma prática: reconhecer os erros, não mentir, pedir perdão, escutar as pessoas, obedecer aos pais, respeitar o outro, estudar, ir à Igreja, rezar etc. Porém, tudo isso as crianças aprendem dos avós porque eles viveram essa realidade.
Celebremos o dia do vovô e da vovó!
O culto aos avós de Jesus, desenvolveu-se, primeiro, no Oriente e, depois, no Ocidente. Mas, ao longo dos séculos, o culto foi organizado pela Igreja até chegar à celebração que temos hoje: dia 26 de julho no calendário litúrgico da Igreja.
Recordar a vida de São Joaquim e Santa Ana é reconhecer que a fé é uma herança, ela caminha em família, por isso se mantém viva! Maria foi um milagre na vida de seus pais; ela sabia disso através deles mesmos, por meio da tradição oral e da catequese.
Da mesma forma, os avós que rezam comunicam a fé aos seus netos e às crianças, já tendo feito isso com os próprios filhos! Então, ao celebrar os Dia do Avós contemplemos a vida deles não apenas nas construções materiais ou humanas, mas na formação de filhos de Deus.
Por fim, que cada dia mais os avós presenteiem as crianças com a fé, a fim de que elas façam o mesmo aos seus filhos, e todos colaboremos com o crescimento de uma comunidade feita por famílias, pais, filhos e netos. Viva o dia dos avós!
Você conhece a Casa de Maria? Visite este conteúdo: Casa de Maria, lugar de acolhida e evangelização! – Com Santos Anjos